segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Se é amor que você quer: Recebe! Me bebe, sou drink que quiser Mistura de montila com guaraná Eu gosto de dança de par Quando as coxas se encostam Seio no peito, confronto Olho no olho, encontro Sua boca que silencia a minha... Não é reza! É anistia! O pecado dos nossos corpos misturados É como se você dissesse: "Dá um bocado?" E a gente divide culpa e santidade Teus segredos guardo em meus beijos, cumplicidade E a gente se mastiga Você me excita. Brinca indiferente... Como se não de repente E se alguém descobre algo da gente... Como faz? Todos os outros vão saber que te amei mais Somos mistura de vinhos É seco, suave, rosé É tinto! Lembra você? Sorrindo, dizendo: "Gisele, a gente vai dar certo" Ela escreve. Eu escravo. Ela tem métrica Eu só faço em verso porque acho bonito. Ela deve conhecer uns cinco países. Eu conheço o bar com a cerveja mais barata do bairro, e cá pra nós, já nem está tão barata. Ela faculdade. Eu facultativo. Ela fala três idiomas. Eu acho que nem português sei falar direito, porque às vezes o dono do bar não entende o que eu falo. Ela escreve no quarto. Eu depois do quarto copo, escrevo no guardanapo, usando o balcão do bar de apoio. Ela breve. Eu bravo. Ela clama Eu reclamo Pra ela amor acaba pra mim amor é escambo. Ela diz que caibo no seu canto. Eu de canto, canto. Me aproximo aos tantos e no entanto Ela tem pressa de ser feliz Eu tenho um peito que não é pressa, é brisa. Você de canto, canta Mente dizendo não caber Aqui? Se o problema é espaço Pego tudo que em mim já foi ocupado E me desfaço! Não me contento mais em só caber no seu abraço Eu silêncio. Ela se queixa Eu me encaixo Ela excede Eu escasso Ela merece Eu marasmo. Ela tem modos, Eu tenho medos. Ela tão tarde Eu tão cedo. Ela já sabe. Eu já disse: Ela escreve Eu escravo. Ela com suas palavras Eu com as minhas. Ela só não sabe que Eu sou quase seu inverso, e mesmo controverso, confesso: Eu gosto mesmo é quando a gente U N I V E R S O S

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